Na Câmara, Semae presta esclarecimentos sobre coloração da água

Serviço Municipal de Águas e Esgotos

02 de março de 2018
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O diretor-geral do Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae), Paulo Beono Jr., e parte da equipe técnica da autarquia, prestaram esclarecimentos na manhã desta sexta-feira (02/03), na Câmara, sobre o problema da coloração na água distribuída no fim de semana passado (23 e 24 de fevereiro) e provocado por uma brusca mudança na qualidade e no nível da água do Rio Tietê, que apresentou concentrações elevadas de manganês (20 vezes maior que a média do ano passado).

As consequências para o tratamento foram resolvidas em menos de 24 horas, graças às medidas de contingência implantadas pela autarquia. Ainda no sábado (24/02), a questão estava equacionada nas estações de tratamento. No entanto, devido à extensão da rede e volume armazenado nos reservatórios do sistema, a coloração persistiu por mais alguns dias na distribuição.

O Semae trata a água que sobra no Rio Tietê no ponto de captação, no bairro Rio Acima. Essa "sobra" é o resultado do que é liberado pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), nas represas, menos o que é captado pela Sabesp em Biritiba Mirim.

Na sexta-feira (23/02), houve diminuição da vazão na represa de Ponte Nova e aumento na barragem de Paraitinga, ambas em Salesópolis. A operação das descargas nas duas represas, feita pelo DAEE, vem interferindo diretamente na qualidade da água disponível no rio.

Na ocasião, em apenas 30 horas, o nível do Tietê na estação de captação baixou de 1,86 metro para 1,32 metro. A dificuldade para tratar a água aumenta quando há essas variações bruscas no rio, não só no nível, mas principalmente na coloração, que entre outros elementos está associada à maior concentração de manganês e de matéria orgânica.

O Semae solicitou reunião com a superintendência do DAEE para tratar do assunto. “Melhorando a comunicação com o órgão estadual, a autarquia terá condições de atuar de forma preventiva e não corretiva, como foi desta vez”, afirmou Beono.

A água distribuída pelo Semae atende aos padrões de potabilidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde, ou seja: a água está própria para consumo. Por mês, a autarquia faz milhares de análises de qualidade antes de a água chegar às torneiras. Estes procedimentos ocorrem desde o momento da captação da água, no Rio Tietê, passando por todo o processo de tratamento nas Estações do Centro e do Socorro e distribuição, até o armazenamento nos reservatórios dos bairros.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 115. (Julio Nogueira)