Prefeitura inicia limpeza em área com risco à saúde pública no Mogilar

Secretaria de Segurança

01 de junho de 2016
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Como terreno tem muito lixo, mato alto e carros alegóricos abandonados, estimativa é retirar cerca de 500 toneladas de material

A Prefeitura de Mogi das Cruzes iniciou, na manhã desta quarta-feira (01/06), um grande trabalho de limpeza de um terreno de 20 mil metros quadrados localizado na rua Carlos Barattino, no Mogilar, onde foi detectado um ponto irregular de reciclagem que gerava excesso de lixo e riscos à saúde pública - devido a focos de doenças como dengue, chikungunya e hepatite. Técnicos do município também identificaram crime ambiental, já que a montanha de entulho estava a poucos metros do Tietê, invadindo a mata ciliar (vegetação que fica às margens do rio).

Como o terreno tem muito lixo, mato alto e carros alegóricos abandonados, a estimativa inicial é de que sejam retiradas cerca de 500 toneladas de material inservível, numa ação que deve durar uma semana. O lixo será levado para aterro sanitário.

O trabalho é uma atuação conjunta das Secretarias Municipais de Segurança Pública, Saúde, Serviços Urbanos, do Verde e Meio Ambiente e de Assistência Social, Coordenadoria de Habitação e Departamentos de Fiscalização de Posturas, de Vigilância Sanitária e do Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae).

Os responsáveis pelas escolas de samba da cidade que haviam deixado carros alegóricos no terreno foram intimados a retirar as estruturas de imediato. Algumas delas já começaram a ser removidas, mas os que não forem recolhidos até esta quinta-feira (02/06) serão levados para a Secretaria de Serviços Urbanos, uma vez que contribuem para o problema.

"É um imóvel localizado em uma área privilegiada da cidade, às margens do rio Tietê. Uma área de preservação que não poderia estar nesta situação. Com a vistoria feita ontem (terça-feira, 31/05), constatamos a gravidade do problema, pois não eram só carros alegóricos abandonados e sim uma atividade irregular de reciclagem que produzia muitos resíduos e contaminava o solo", explica o secretário municipal de Segurança Pública, Eli Nepomuceno, que coordena a ação.

"Neste primeiro momento, paralisamos a reciclagem, já que havia riscos iminentes para a saúde pública, com focos de doenças, e notificamos o proprietário do terreno e o zelador da casa. Devido à urgência, a própria Prefeitura decidiu fazer a limpeza", completa o secretário.

A notificação ao responsável pela área, que é particular, determina a adoção de providências para a resolução das situações de risco.

As três famílias que vivem no local e possuem permissão da responsável pelo imóvel foram informadas sobre os procedimentos que serão adotados e das providências que devem adotar. Elas também foram orientadas por uma equipe da Secretaria Municipal de Assistência Social.

Na terça-feira (31/05), o Departamento de Vigilância Sanitária fez um levantamento de todos os problemas apresentados. O local já vinha sendo acompanhado pelos técnicos da Secretaria de Saúde como prioritário dentro do combate aos focos do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão de doenças como a dengue, chikungunya e zika.

Quanto ao crime ambiental, o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, André Saraiva, que também acompanha a operação, informou que notificará o proprietário do terreno e comunicará o fato à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), para as devidas providências - além do lixo, o local recebia materiais que poderiam assorear o rio.

Os responsáveis por brinquedos de um parque de diversões que estavam no local também foram notificados a retirar os materiais depositados no terreno e já iniciaram os preparativos para a remoção. (JN)