Saúde alerta para risco de Esporotricose e orienta sobre cuidados

Secretaria de Saúde

17 de agosto de 2017
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A Secretaria Municipal de Saúde alerta para o risco de Esporotricose, uma micose que pode afetar animais e humanos. Nos animais, especialmente nos gatos, a esporotricose causa feridas profundas que não cicatrizam e costumam crescer rapidamente. No ser humano, a doença se manifesta na forma de lesões na pele, começando com um pequeno caroço vermelho que pode virar uma ferida. Geralmente, aparecem nos braços, pernas ou rosto.

Como pode ser confundida com outras doenças de pele, a principal orientação em casos suspeitos de Esporotricose é procurar um serviço médico para o diagnóstico correto. O mesmo acontece para os animais, que devem passar por uma avaliação do médico veterinário quando o proprietário identificar feridas de difícil cicatrização.

“Os serviços de saúde e clínicas veterinárias devem informar sobre os casos suspeitos e confirmados de Esporotricose”, explica a médica da Vigilância Epidemiológica Municipal, Tereza Nihei. Os casos humanos devem ser comunicados à Vigilância Epidemiológica Municipal e as ocorrências em animais ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).

Na última semana, a Secretaria Municipal de Saúde recebeu uma notificação de um caso confirmado em um gato que vive em uma residência no Distrito de Cezar de Souza. O animal foi atendido em uma clínica veterinária particular, que entrou em contato com o CCZ. “Uma equipe do CCZ iniciou as visitas aos imóveis localizados nos arredores para orientar a população com o objetivo de identificar casos suspeitos e evitar a disseminação da doença”, informou.

A Esporotricose é causada por um fungo presente no meio ambiente e que geralmente habita o solo, palhas, vegetais e madeiras. A transmissão pode ocorrer por ferimentos causados por farpas de madeiras ou espinhos de plantas. Por possuir o hábito de arranhar troncos e revolver a terra do solo, os gatos são especialmente vulneráveis a adquirirem os esporos desse fungo através de suas patas. “Desta forma, arranhões e mordidas de gatos, com sintomas ou não, podem transmitir a Esporotricose”, explica a médica veterinária Débora Murakami, coordenadora do Núcleo de Prevenção e Controle de Arboviroses.

O animal doente precisa ser cuidado e tratado, nunca abandonado. O abandono faz com a doença se agrave, causa grande sofrimento ao animal e aumenta a possibilidade de transmissão para outros animais e pessoas.

Não há registro de casos de transmissão entre humanos até o momento. A Esporotricose humana e animal têm cura e o tratamento, que deve ser prescrito pelo médico ou veterinário, respectivamente, mas precisa ser iniciado imediatamente. “A melhor forma de evitar a Esporotricose é a detecção precoce da doença e a instituição imediata do tratamento. Como os esporos do fungo se encontram no meio ambiente, é importante também o controle populacional para redução dos animais abandonados e a restrição de acesso dos animais à rua, através da castração e domiciliação”, acrescenta a veterinária.