Palestra marca a Semana de Prevenção da Gravidez na Adolescência em Mogi das Cruzes

Secretaria de Assistência Social

08 de fevereiro de 2019
A educadora Letícia Casarolli falou sobre gravidez na adolescência para equipe da Assistência Social (foto: Divulgação/PMMC)

A Prefeitura de Mogi das Cruzes, por meio das Secretarias Municipais de Assistência Social e de Saúde, promoveu nesta sexta-feira (08/02), o encerramento da Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência no município. O evento foi instituído pela lei federal 13.798/2019, que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º 8.069/1990) e indica a realização de ações de conscientização sobre medidas preventivas e educativas que possam contribuir para a redução da incidência da gravidez na adolescência, em 1º de fevereiro, em todo o País.

O encontro foi realizado no auditório da Escola de Governo, no bairro do Mogilar, e contou com palestra da educadora de Saúde Pública da Secretaria Municipal de Saúde, Letícia Casarolli. Ao longo da semana, o mesmo tema foi trabalhado também nos equipamentos da Assistência Social e da Saúde. “Por conta da vulnerabilidade, o adolescente está mais sujeito a situações de risco como gravidez precoce, infecções sexualmente transmissíveis, diversos tipos de violência, acidentes, maus tratos, uso de drogas e evasão escolar”, explicou.

Em sua apresentação, a educadora mostrou dados de gravidez na cidade. Em 2018, das 3.769 gestações registradas pelo SISPRENATAL em Mogi das Cruzes, 32 pacientes tinham entre 10 e 14 anos e 624 entre 15 e 19 anos, num total de 656 adolescentes gestantes, o que corresponde a 17%. Apresentou, ainda, alguns dados epidemiológicos, como estudos que apontam a procura tardia das mais jovens ao pré-natal, as taxas de óbito materno e de abortos com complicações. “Dados mostram que 20% da mortalidade infantil são de filhos de mães com idade entre 10 e 14 anos”, revelou.

No Brasil, os novos casos de HIV no sexo feminino ocorrem na faixa de 10 a 19 anos.

O encontro foi realizado para profissionais da Assistência Social, especialmente alguns programas específicos, como o Criança Feliz, que devem multiplicar as informações e aprimorar o atendimento aos adolescentes com objetivo de prevenir a gravidez precoce. “Esse é um tema de extrema importância e que exige união de esforços, tendo sido muito importante a sua inclusão no Estatuto da Criança e do Adolescente”, explicou a secretária municipal de Assistência Social, Neusa Marialva.  

Formas de prevenção:

- Garantia de Atendimento Integral (físico, psicológico e social);

- Educação Integral com entendimento dos aspectos da adolescência normal e espaço para esclarecimentos;

- Incentivar o amor pelo conhecimento e amor próprio;

- Importância da valorização dos sonhos e do futuro;

- Garantia de acesso à cultura;

- Garantia de processos de formação profissional para os jovens;

- Garantir a oferta de espaços para ouvir e ser ouvido.