Conselho Consultivo da Estação Ecológica do Itapeti toma posse nesta quinta-feira, em São Paulo

Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal

14 de março de 2018
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Será realizada nesta quinta-feira (15/03), às 16 horas, na sede da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, em São Paulo, a posse do Conselho Consultivo da Estação Ecológica do Itapeti, localizada em Mogi das Cruzes. O grupo terá como membro titular o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Daniel Teixeira de Lima, e como suplente o diretor André Miragaia. A unidade de conservação completou 31 anos de criação esta semana, no dia 12 de março, e é ligada à Fundação Florestal do Estado de São Paulo.

A Estação Ecológica é um importante refúgio de vida silvestre localizado na Serra do Itapeti. São 89,47 hectares de área preservada, situada no bairro da Volta Fria, aos pés da Serra do Itapeti. Integra o grupo de 23 reservas de Mata Atlântica existentes no Estado de São Paulo, cujo acesso é restrito a pesquisadores e técnicos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, assim como a estudantes para fins de Educação Ambiental.

“O Conselho Consultivo desempenha um trabalho muito importante, que é gerenciar a unidade e realizar ações como o seu novo Plano de Manejo, que definirá as regras para o uso, o planejamento e a utilização da estação. Nós, inclusive, teremos a primeira oficina que discutirá este assunto já na semana que vem, no dia 21 de março. O objetivo é ampliar continuamente o trabalho de educação ambiental e conservação no local”, explica o secretário mogiano.

A Estação Ecológica do Itapeti possui solo fértil e rico na produção de água. O perímetro da unidade integra a bacia hidrográfica do Ribeirão Cachoeirinha, afluente do Rio Tietê, e conta um hectare de espelho d'água, cercada por floresta nativa. Além disso, a unidade está dentro do Serra do Itapeti, um dos maiores patrimônios naturais de Mogi das Cruzes, ao lado do rio Tietê, e que caminha para ser transformada em Área de Proteção Ambiental (APA), em um processo que atuamente tramita na Secretaria Estadual do Meio Ambiente.

Lima acrescenta que um projeto em estudo consiste na criação do chamado “Corredor da Serra do Itapety”, que incluirá as três unidades de conservação existentes na serra – a Estação Ecológica, o Parque Municipal e a Reserva Permanente de Proteção Natural do Botujuru. “São três unidades de preservação que podem ter ações integradas, como trilhas e passeios, sempre com o objetivo de estimular a pesquisa e a conservação ambiental”, observa.

APA da Serra do Itapeti

Paralelamente à posse do Conselho Consultivo da Estação Ecológica, a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente continua acompanhando o processo de criação de uma Área de Proteção Ambiental (APA) na Serra do Itapeti. O assunto foi tema de reunião entre o prefeito Marcus Melo e o secretário estadual de Meio Ambiente, Maurício Brusadin, realizada em São Paulo no dia 29 de janeiro deste ano.

O encontro contou com a presença do secretário-adjunto de Cultura do Estado e membro do Consema, Romildo Campello, e de dois representantes da Fundação Florestal de São Paulo - a diretora e o gerente de unidades de conservação da Região Metropolitana e Interior, Lucila Manzatti e Diego Hernandes. Campelo era o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente de Mogi e Lucila, a secretária-adjunta, quando a cidade deu início ao processo de criação da APA da Serra do Itapeti, em 2013.

O secretário Daniel Lima, que também participou da reunião do dia 29 de janeiro, retomou o processo em 2017 e vem acompanhando seu andamento na Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Os próximos passos para que a ação seja concretizada incluem a realização de uma audiência pública em Mogi das Cruzes e, posteriormente, a análise por parte do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema).

“A posse do Conselho Consultivo da Estação Ecológica, nesta quinta-feira, é mais um passo que damos no sentido de demonstrar nosso compromisso com a preservação ambiental em Mogi das Cruzes. Ainda que não haja relação direta com o processo de transformação da Serra do Itapeti em APA, mostra que estamos engajados em lutar pela conservação deste importante fragmento de Mata Atlântica, investindo em ações permanentes de educação ambiental”, destaca Lima.

A serra possui 5,1 mil hectares e, se acordo com ele, a sua transformação em área protegida trará benefícios para a cidade, como aumento na arrecadação de ICMS e a inclusão da área como região de fiscalização ambiental e de patrulhamento permanente da Polícia Ambiental. Do total, 97% da área está dentro no município de Mogi das Cruzes, enquanto 2% encontram-se em Suzano e 1%, em Guararema. (Marco Aurélio Sobreiro)